ENTREVISTA COM PROFESSORAS (ES) DE FILOSOFIA DO ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ – BLOCO ICom: Ada Beatriz Gallicchio Kroef, Vicente Thiago Freire Brazil, Roberta Liana Damasceno Costa, Elizabeth Bezerra FurtadoPor: Antônio Alex Pereira de Sousa, Paulo Willame Araújo de Lima.

O presente texto visa recorrer à interpretação do filósofo Michel Foucault sobre a Modernidade como atitude crítica e como tarefa filosófica para reivindicação de pensar uma educação outra. Essa alternativa está associada ao projeto de formação para a emancipação e a justiça social distante de um empresariamento das instituições e assujeitamento dos indivíduos. Como ponto de partida desta reflexão filosófica recorremos a interrogação do filósofo ao pressupor ser a Modernidade uma atitude e não como um período da história, tal questionamento (...) presente na conferência O que é a Crítica? de 1978 é a marca da atualidade da Modernidade elaborada por Immanuel Kant resgatada por Foucault. Dedica-se a escrita em abordar a concepção de crítica em Foucault como estratégia de questionamento e enfrentamento para pensar o presente como tensão, ação e transformação nos excessos de governo presentes na sociedade contemporânea, principalmente no campo da Educação. A suposição desenvolvida é a de que o sentido da crítica, entendida como a capacidade de interrogar a relação entre o poder, a verdade e seus efeitos sobre o sujeito. Para tanto a crítica se atualiza para a Educação como para os sujeitos, à medida que se age na direção de transformar as suas relações institucionais e consigo. (shrink)

O presente trabalho expõe de que forma a educação pode ser utilizada como ferramenta emancipatória para a superação do capital, tendo como base teórica o pensamento de István Mészáros. O principal objetivo dos que lutam contra a sociedade mercantil, a alienação e a intolerância, é a emancipação humana. Objetivo este alcançado quando o ser humano finalmente compreende, seja teoricamente ou na prática, todas as características de funcionamento de sua sociedade e de seu gênero, de tal forma que a luz científica (...) não seja algo que o cegue, mas que o faça ver onde seus olhos não alcançam. Tendo em vista o objetivo de transformar qualitativamente as condições objetivas da reprodução social, István Mészáros entende que há a necessidade de reconquistar o controle do capital enquanto estrutura, e não enquanto instância personificada do sistema capitalista e também transformar progressivamente as consciências. Considera-se então que para trabalhar as consciências, de acordo com o autor, fica evidente a relação entre educação e trabalho: uma vez que, cabe à educação elaborar tantas estratégias apropriadas, elaboradas e adequadas para transformar as condições objetivas de reprodução, como para a automudança consciente dos indivíduos chamados a concretizar a criação de uma ordem social metabólica radicalmente diferente, esta seria o socialismo. (shrink)